sexta-feira, 30 de abril de 2010

Teste mostra que urna eletrônica da Índia poderia ser controlada via celular


Um estudo realizado por um grupo internacional de especialistas em informática e votação eletrônica consideraram as urnas eletrônicas indianas inseguras. Os especialistas demonstraram como é possível alterar os resultados de uma eleição e até como instalar um componente que permitiria o controle da máquina por meio de um celular. A solução proposta é a existência de um voto impresso que deve ser confirmado pelo eleitor.

Também nesta semana: Site cataloga websites com falhas de segurança, McAfee quer compensar usuários por erro que danificou o Windows, “falha de design” do PDF é explorada em ataques, Symantec compra a PGP Corporation.

Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados etc.), vá até o fim da reportagem e utilize a seção de comentários. A coluna responde perguntas deixadas por leitores todas as quartas-feiras.
>>> Pesquisadores dizem que urnas eletrônicas indianas são inseguras
Diversos pesquisadores da Holanda, da Índia e dos Estados Unidos trabalharam juntos em um projeto de pesquisa cuja conclusão foi a de que as urnas eletrônicas usadas na Índia são vulneráveis a adulterações. Segundo os especialistas, alguém com a intenção de mudar os resultados das eleições só precisaria de pouco tempo para instalar um componente na urna que seria difícil de detectar e poderia mudar os votos dos eleitores.

O estudo foi organizado e liderado por Hari Prasad, um indiano que foi desafiado a mostrar que as urnas poderiam ser alteradas. Mas a comissão eleitoral indiana decidiu não permitir o teste e não cedeu a Prasad uma urna para que pudesse conduzir sua pesquisa. Os pesquisadores afirmaram que obtiveram a urna por meio de uma fonte anônima, já que o governo indiano não cede o equipamento para testes independentes.

O componente criado pelos pesquisadores permite que um criminoso controle como a urna contará os votos remotamente usando um telefone celular. Prasad contou com o auxílio de Alex Halderman, professor da Universidade de Michigan com experiência em urnas eletrônicas e de Rop Gonggrijp, um ativista que foi responsável por urnas eletrônicas serem banidas nos Países Baixos.

Os pesquisadores alegam que sistemas de armazenamento eletrônico direto, sem um papel para verificação do eleitor e para viabilizar uma recontagem dos votos. Essa é a solução proposta pelos especialistas, cuja pesquisa incluiu diversas medidas de proteção possíveis que são “ineficazes”.

No Brasil, o TSE também não cede urnas para testes independentes. O máximo que se fez até agora foi permitir que especialistas analisassem o equipamento por apenas quatro dias. Já a impressão do voto será obrigatória no Brasil a partir das eleições de 2014.

Economia dos EUA cresce 3,2% no primeiro trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos teve expansão de 3,2% no primeiro trimestre, marcando o terceiro trimestre consecutivo de alta recuperação da maior economia do mundo após a recessão. No quarto trimestre, o PIB tivera crescimento de 5,6%.

O dado foi divulgado nesta sexta-feira (30) pelo escritório oficial de estatísticas dos EUA e ainda passará por duas revisões.

A alta no PIB nos três primeiros meses do ano refletem, segundo o escritório, contribuições positivas de gastos pessoais, investimentos e exportações, parcialmente contidas por recuos em gastos públicos e em investimentos em residências. A alta das importações também contribuiu negativamente.

O setor de veículos automotores acrescentou 0,52 ponto percentual ao resultado do PIB do primeiro trimestre, após contribuir com 0,45 ponto no trimestre anterior.

Outros países
Também nos primeiros três meses de 2010, a economia do Reino Unido teve expansão de 0,2% na comparação com o trimestre anterior.

Na Rússia, houve expansão de 4,5% no PIB frente ao mesmo trimestre do ano anterior. Na China, a alta foi de 11,9% na mesma comparação.

Governo planeja incentivo a produtor


O governo federal prepara um programa para conceder incentivos fiscais aos produtores rurais que recuperarem áreas degradadas. Um grupo de trabalho, liderado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e composto por integrantes dos ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, discute os detalhes e a previsão é de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresente o programa ainda neste governo, que termina no fim do ano.

Um dos coordenadores do projeto é o pesquisador Décio Gazzoni, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ligada ao Ministério da Agricultura. Gazzoni está temporariamente prestando serviços na Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência por conta desse projeto.

O pesquisador conversou com o G1 após uma palestra na feira agrícola Agrishow, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, sobre bionergia.

Gazzoni não deu muitos detalhes do projeto porque, segundo ele, o tema ainda está em discussão. A ideia, ele disse, é criar linhas de crédito para o produtor rural que dê incentivo no caso de projetos produtivos que recuperem áreas degradadas. Ele afirmou que como o incentivo se dará ainda não está definido e que num segundo momento os ministérios do Planejamento e da Fazenda entrarão na discussão.
Segundo o pesquisador, o governo entende que a recuperação de áreas degradadas é a melhor saída para aumentar a produção agrícola no Brasil com sustentabilidade. Para ele, a recuperação desses espaços é um dos principais desafios para a agricultura no país.

"Hoje o Brasil tem 340 milhões de hectares para a agricultura. Cerca de 200 milhões são pastos e muito mal aproveitados. Se melhorarmos essas áreas, podemos liberar mais 20 milhões de hectares para produção de alimentos", destaca Gazzoni.

Décio Gazzoni afirma ainda que, com o projeto, o governo vai também chamar atenção para o fato de que "não precisa derrubar floresta para aumentar a produção".

"A sustentabilidade deixou de ser um diferencial, faz parte do negócio. Se um projeto não for sustentável, não se consegue financiamento. A Embrapa nem começa um projeto se ele não for sustentável", destaca.

Para o pesquisador, o projeto vai diminuir o desmatamento no país, mas não necessariamente o agricultor deixe de derrubar árvores. "Isso não significa que vão deixar de derrubar árvores no Cerrado, por exemplo. Possivelmente o desmatamento aumente um pouco nos próximos anos. Mas a tendência é de que a situação passe a se estabilizar com os incentivos. Se o agricultor desmatar uma área aqui, recupera outra área ali, e assim consegue-se um crescimento sustentável."

Outros projetos
Na abertura da feira Agrishow, no interior paulista, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, destacou um outro projeto, que também deve incluir incentivos fiscais para a agricultura. O programa, chamado Agricultura de Baixo Carbono (ABC), está em fase de discussões e visa diminuir a emissão de gases poluentes, como os obtidos com as queimadas.

Rossi falou do programa após criticar duramente os ambientalistas que defendem redução na produção agrícola para conter o desmatamento. "Só um doido pode querer diminuir a produção de um país que é celeiro do mundo e que produz 25% dos alimentos comercializados."

Ainda segundo o ministro, em dez anos o país poderá produzir um terço do alimento comercializado no mundo e, por conta disso, precisa aumentar a produção com sustentabilidade.

BMW supera Toyota


A BMW é a marca mais valiosa do planeta, no setor automotivo, de acordo com recente pesquisa realizada pela empresa britânica Millward Brown. A montadora alemã desbancou a japonesa Toyota, que ficou com o título no ano passado, mas vem sofrendo abalos na imagem com frequentes falhas e recalls de diversos modelos nos últimos meses.

A BMW tem um valor estimado de US$ 21,8 bilhões, enquanto a Toyota foi avaliada em US$ 21,7 bilhões. As marcas de ambas as companhias sofreram queda em relação ao ano anterior, mas a Toyota teve retração de 27%, o triplo da registrada pela BMW (9%), ainda de acordo com a pesquisa.

A Honda ficou na terceira posição, seguida por Mercedes, Porsche e Nissan, em quarto, quinto e sexto lugares, respectivamente. Ford, Volkswagen, Audi e Renault completaram a lista das "10 mais" do setor automotivo, nesta ordem.

Mancha de petróleo chega à costa dos Estados Unidos


O vazamento de petróleo no Golfo do México atingiu a costa do estado americano da Louisiana, na noite desta quinta-feira (29). As agências de notícias France Presse e Associated Press informam, com base na apuração com autoridades locais, que a mancha de óleo alcançou uma ilha perto do delta do Rio Mississippi, ameaçando flora e fauna da região. A Guarda Costeira confirmou a informação à rede BBC.

Vários estados americanos estão em alerta por causa do vazamento de petróleo. Há temor de que praias e refúgios de vida selvagem sejam danificados em quatro estados. Além da Louisiana, que entrou em situação de emergência, estão ameaçados os estados do Mississipi, Alabama e Flórida.

Animais como lontras, pássaros e pelicanos estão na mira da mancha de petróleo e o serviço de preteção ambiental do país tenta proteger as espécies ameaçadas.
Catátrofe


Cinco mil barris de petróleo jorram diariamente no mar do Golfo do México depois da explosão de uma plataforma, na semana passada. O vazamento é cinco vezes maior que o previsto e foi considerado catástrofe nacional pelo governo norte-americano.

Os ventos empurram o óleo para o continente, a poucos quilômetros da área de pântanos no delta do Rio Mississipi. Autoridades disseram que farão de tudo para manter o tráfego aberto no rio.

Até agora os esforços para conter o avanço da mancha, que incluem até uma barreira de lona, foram insuficientes. O governo americano reforça a ajuda à região para tentar evitar um desastre ambiental ainda maior.